Primeira paquita de Xuxa Meneghel, Andrea Veiga afirmou que teve uma experiência bem diferente das demais nos bastidores. A ex-assistente de palco alegou não ter enriquecido com o grupo e disse que foi pega desprevenida ao assistir aos os abusos sofridos pelas outras meninas no documentário do Globoplay. Andrea deixou de ser paquita em 1988, fazendo parte da geração que inaugurou o sonho de estar ao lado da rainha dos baixinhos para tantas garotas brasileiras. Apesar de receber salário e cachê pelas apresentações com o grupo, ela teve dificuldade de juntar dinheiro.
“Eu não juntei um tostão. Eu ganhava salário e cachê de show. Também ganhei pela vendagem do meu LP. Mas, como paquita, eu saí exatamente na hora em que elas começaram a ganhar dinheiro, que foi quando gravaram o disco É tão bom [1989]”, declarou em entrevista à coluna Play de O Globo
“Nessa época, eu já não estava mais. A partir daquele momento, todas começaram a ganhar dinheiro porque, além de ter sido um grande sucesso, fizeram muitos shows. Eu saí justamente na hora de recolher o dízimo (risos)”, brincou
Abusos velados Ao assistir ao documentário Para Sempre Paquitas, que estreou em setembro no Globoplay, Andrea Veiga relatou que foi pega de surpresa ao saber, quase quatro décadas depois, que suas colegas sofriam abusos nos bastidores. “Tem coisas que nem eu, como Paquita, sabia que as outras meninas tinham passado. Eu fiquei sabendo pelo documentário também. Então, eu acho que foi uma surpresa para o público e para muitas de nós”, ponderou.
A atriz e apresentadora não teve um contato tão profundo com as demais gerações do grupo, e contou que não passou pelas mesmas coisas. “Não sabíamos coisas básicas que as outras gerações tinham passado. Era tudo muito velado na época, não se podia falar nada. Muita coisa me surpreendeu. Isso de a Marlene [Mattos] colocar as meninas de calcinha para ver se estavam gordas ou magras, eu nunca passei por isso”, afirmou.
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