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Cresce número de mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil, aponta novo levantamento


 O Brasil registrou um aumento alarmante de 13,2% no número de mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ em 2024, em comparação com o ano anterior. O levantamento é do Observatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), a organização não governamental mais antiga da causa na América Latina, que realiza esse monitoramento há 45 anos. Foram contabilizados 291 óbitos, 34 a mais que em 2023, abrangendo homicídios, latrocínios, suicídios e outros tipos de violência.

Entre as vítimas, 165 eram homens gays, enquanto travestis e mulheres trans totalizaram 96 óbitos, seguidos por lésbicas (11), bissexuais (7) e homens trans (6). Além disso, seis pessoas heterossexuais foram incluídas no levantamento por terem sido confundidas com integrantes da comunidade ou por tentarem defendê-los. A região Nordeste e o Sudeste concentraram o maior número de casos, com 99 mortes em cada, sendo arma branca, arma de fogo e espancamento os principais meios utilizados nos crimes.

São Paulo, Bahia e Mato Grosso lideraram o ranking de estados com mais mortes, enquanto Salvador foi considerada a capital mais perigosa para pessoas LGBTQIAPN+, seguida por São Paulo e Belo Horizonte. Apesar de liderar em números absolutos, a capital baiana caiu para a quarta posição quando os dados são analisados proporcionalmente, ficando atrás de Cuiabá, Palmas e Teresina. Esses números destacam uma violência estrutural que atinge principalmente jovens entre 26 e 35 anos.

O estudo também revelou que brancos formam a maioria das vítimas, com 115 registros, enquanto pretos e pardos somaram 79. Profissões como professor e cabeleireiro eram comuns entre os homens gays mortos, enquanto profissionais do sexo lideravam entre mulheres trans e travestis. Para o GGB, esses dados reforçam a necessidade de políticas afirmativas e de combate à LGBTQIAPN+fobia, além de ações para garantir a segurança e a dignidade das pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil.

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