Um novo período de defeso do caranguejo-uça e da lagosta começa na próxima quinta-feira (27) e segue até o dia 4 de março em todo o Rio Grande do Norte, seguindo uma determinação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A medida vale ainda para outros estado do Brasil, como Ceará, Paraíba, Maranhão e Bahia, por exemplo.
No período de defeso, estão proibidos o transporte, a captura, o beneficiamento, a industrialização e a comercialização dessas espécies.
Ao todo, são cinco períodos de defeso – tendo o primeiro sido iniciado em novembro do ano passado e último previsto para abril de 2025.
De acordo com o superintendente do Ibama no Rio Grande do Norte, Rivaldo Fernandes, a intenção do período de defeso é proteger o período de acasalamento do caranguejo-uçá.
“Esse período agora do defeso a gente chama de ‘andada’. Então, eles [os caranguejos] saem das tocas e vão soltar os ovos e acasalarem. Nesse momento a gente tem que defendê-los para as próximas gerações”, explicou.
Para ele, respeitar esse período é importante para preservar as espécies e também tem importância socioeconômica, já que muitas famílias vivem da captura e venda das espécies.
“Porque daqui a pouco você não vai poder comer seu caranguejo e nem as comunidades de pesqueiros vão poder sobreviver. Essa é nossa função, é a lei”, falou.
Empresas e comerciantes que lidam com o caranguejo-uçá devem declarar seus estoques ao Ibama antes do início de cada período de defeso. Apenas os estoques declarados podem ser comercializados durante esse período, desde que comprovada a origem.
Um dos principais trechos preservados pelo período do defeso do caranguejo-uçá no Rio Grande do Norte fica, segundo o pesquisador Alexandre Marques, na cidade de Porto do Mangue, que conta com um manguezal importante.
📝 Fonte: Portal g1 RN
📸 Renata de Brito/Idema/ARQUIVO
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