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São Paulo: comerciantes e moradores protestam e relatam prejuízo causado pela falta de energia


 São Paulo sem luz 🕯️


Há mais de 60h, moradores de São Paulo e da região metropolitana convivem com o breu deixado pela queda de energia após um vendaval atingir o estado na quarta-feira (10). Dos bairros periféricos aos centrais, a interrupção no fornecimento de energia elétrica, responsabilidade da Enel, afetou cerca de 2,2 milhões de pessoas apenas na capital paulista. No Bixiga, Campos Elíseos, Heliópolis, Vila Curuçá, Itaim Paulista e outras regiões, a rotina virou prejuízo e incerteza.


Moradores do Bixiga, na região central de São Paulo, protestaram na tarde de hoje (12) contra a Enel. No fim do dia, o bairro ainda tinha trechos sem energia. Comerciantes relatam prejuízos: o bar de samba Toca da Capivara chegou à terceira noite sem abrir. Segundo o proprietário, Victor Cavalcanti Balint, dezembro é o melhor mês de faturamento da casa, que está com as atividades suspensas desde quarta-feira.


Em Heliópolis, a luz também voltou apenas hoje, mas moradores seguiram enfrentando dificuldades. Edila Trindade afirma que precisou tomar banho em outro bairro enquanto aguardava o restabelecimento e relata que prédios vizinhos continuam no escuro. Na zona leste, moradores do Itaim Paulista tiveram eletrodomésticos queimados por causa da oscilação da energia, enquanto, na Vila Curuçá o fornecimento seguiu irregular, segundo a moradora Thauane Blanche.


A Enel afirma que trabalha para normalizar o serviço e que o sistema foi impactado por um vendaval de 12h, com rajadas de até 98 km/h, considerado histórico pelo Inmet. A empresa diz ter recebido 500.000 novos chamados ontem (11) e que atuava para restabelecer a energia de cerca de 830.000 clientes na tarde de hoje.


A Prefeitura de São Paulo, por sua vez, diz adotar ações permanentes de prevenção a eventos climáticos, como podas de árvores. Porém, dados obtidos via LAI mostram que o serviço é insuficiente: em Itaquera, 75% das solicitações não foram atendidas entre janeiro e setembro de 2025; no total da cidade, mais de 19.000 pedidos de poda e remoção permanecem em aberto.


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