Transformar a coroa do abacaxi em um material sustentável, com propriedades físicas adequadas para que o produto seja utilizado na fabricação de sacolas ecológicas, utensílios descartáveis, películas para proteção de superfícies e laminados leves. Esse é o resultado de uma pesquisa que virou pedido para patenteamento, cujo nome é filmes poliméricos biodegradáveis à base de coroa de abacaxi (ananas comosus (l) merr.), seu processo de obtenção e seus usos.
A invenção é resultado da tese de doutorado de Meyrelle Figueiredo Lima, que liderou os experimentos e o desenvolvimento das formulações no laboratório. A cientista destaca que os filmes poliméricos desenvolvidos apresentam facilidade de produção com baixo custo, partindo de um resíduo agroindustrial frequentemente descartado e abundante, promovendo sustentabilidade aliada à viabilidade econômica. “Ao invés de ser um descarte sem valor, a coroa do abacaxi se torna matéria-prima de um material ecológico, renovável e funcional, promovendo a economia circular”, frisa.
Este é o segundo depósito de patentes de Meyrelle. O primeiro, formulações contendo óleo de copaíba (copaifera officinalis l) e seu processo de obtenção, era uma formulação inédita na área cosmecêutica — junção dos nomes cosmética e farmacêutica — uma emulsão, cujo princípio ativo é o óleo de resina de Copaíba.
📸 Pesquisadores frisam que tecnologia é direcionada para uso na fabricação de embalagens biodegradáveis para itens não alimentícios – Foto: Cícero Oliveira – UFRN
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